
DE VOLTA AO PASSADO!
CONHEÇA AS REVISTAS NERDS

Revistas!
Há bons tempos atrás não havia toda essa interatividade que possuímos nos dias de hoje. Celulares eram apena “celulares”, ou seja, sua função era de apenas ligar e Receber ligações e fazer os chamados torpedos (SMS). Mas a fome por nerdisse era imensa, por este fato, diversas editoras nacionais buscavam meios de preencher essa lacuna lançando no mercado varias e varias revistas dedicadas a nós, nerds.
E é exatamente sobre isso que vamos falar nessa matéria. Para começar, e começar bem, vamos falar da Revista Herói.
Revista Herói.
A Revista Herói era voltada ao acompanhamento de séries de TV, especialmente de super-heróis, tratando de spoilers, bastidores e curiosidades sobre as séries.
Entre 1992 e 1993, a Editora Azul publicou uma revista spin-off da Revista Set chamada Set Terror & Ficção, editada por Carlos Eduardo Miranda e tendo como redatores os jornalistas André Forastieri e Rogério de Campos. No final de 1994, Forastieri e Campos fundaram a Editora Acme e tiveram a ideia de criar uma revista nos moldes da revista Set Terror & Ficção; surgia assim à revista Herói, que seria publicada em conjunto com a editora Nova Sampa em setembro do mesmo ano.

Parte da equipe da revista na Comic Con Experience de 2014 em São Paulo, Brasil. Da esquerda para a direita: Ricardo Cruz, Cassius Medauar, Alexandre Nagado e André Forastieri.
Neste mesmo periodo estava em exibição no Basil o desenho animado japonês (anime) Os Cavaleiros do Zodíaco. Com o sucesso da série de anime e demais produções japonesas, foram contratados Marcelo Del Greco (editor da linha de mangás da Editora JBC) para escrever sobre Cavaleiros do Zodiaco e Alexandre Nagado (que era roteirista de revistas em quadrinhos baseadas nas séries Maskman, Flashman e Street Fighter, além de ter colaborado com a revista SET, escrevendo matérias sobre Ultraman, Godzilla, entre outras produções) para escrever sobre outras séries nipônicas. Com o tempo, a revista seria publicada apenas pela Conrad Editora (nome adotado pela Acme).
A revista circulou, com várias pausas e intervalos, por 12 anos, inclusive ganhando um website, quando teve uma última tentativa nas bancas pela Editora Futuro, uma dissidência da Conrad, porém com numeração reiniciada.

Capa das revistas Herói 2000 - Horói - Herói Gold .
Revista Wizard.
A Revista Wizard foi uma revista mensal informativa exclusiva para o mercado das Histórias em Quadrinhos. Era uma publicação
americana da editora Wizard Press (atual Wizard Entertainment Group), que se tornou uma das principais referências para quem trabalha no mercado.
Em Janeiro de 2011, foi anunciado pela Wizard Entertainment Group que a revista seria cancelada e transformada em site de notícias. Outras revistas da empresa também foram canceladas: Toyfare (dedicada a brinquedos), Anime Insider (dedicada a anime e mangá) e Toy Wishes (também dedicada a brinquedos, só que de forma mais abrangente).
No Brasil a Revista Wizard foi publicada por três editoras, a última editora foi a Panini Comics, a mesma editora que detém os direitos de publicação dos personagens da Marvel Comics e DC Comics no país.
Entre 1996 e 1997, a Editora Globo publicou a primeira versão da Wizard brasileira, que durou 15 edições. Editada por Leandro Luigi Del Manto, a revista marcou época por oferecer uma linguagem descontraída e mesclar informações de lançamentos do mercado de quadrinhos internacional e nacionail, além de matérias e entrevistas exclusivas. Muitas capas da edição brasileira da Wizard pela Editora Globo foram produzidas por artistas brasileiros, como a # 1 (Roger Cruz), # 5 (Mike Deodato) e # 12 (Sergio Cariello). Com o cancelamento da revista na edição # 15, Leandro Luigi Del Manto e alguns colaboradores (Sérgio Codespoti, Maurício Muniz e Edson Diogo) criaram um site de informações sobre quadrinhos, cinema e TV chamado Área-51.

Capa da revista Wizard - EUA 1997.
A coluna "Guia de Preços" escrita por Edson Diogo daria origem anos mais tarde ao site Guia dos Quadrinhos, site que tem o objetivo de catalogar todos os quadrinhos publicados no Brasil. Na época a editora publicava alguns títulos da Image Comics (Gen¹³, Wildcats, Cyberforce, Strykeforce e Witchblade), entretanto todos foram cancelados.
A segunda versão teve somente uma edição e foi publicada pela editora Hangar 18. Nessa única edição a revista possuia o formato 20,5 X 26,5cm e trazia uma HQ baseada na série de TV Buffy, a Caça-Vampiros.
O nome e o logotipo da editora Hangar 18 faziam alusões ao site Area-51, onde os editores Leandro Luigi Dal Manto e Maurício Muniz e a dupla Sérgio Codespoti e Sidney Gusman (do site Universo HQ) colaboravam, Dal Manto havia sido editor da primeira versão da revista na Editora Globo.
A sua terceira e ultima versão foi lançada em Outubro de 2003 pela Panini Comics. A publicação apresentou entrevistas com os principais artistas e roteiristas do mercado americano, previews de publicações e notícias sobre cinema e vídeo, além de histórias completas no seu conteúdo. A partir da edição 30 (Março de 2006), a revista passou a ser impressa em papel pisa brite (um tipo de papel-jornal) lombada canoa (com grampos), ao invês da lombada quadrada. O que causou significativa queda na vendagem da revista.
Após uma disputa judicial com o curso de idiomas homônimo Wizard, a Wizard-Brasil foi proibida de usar o nome original da revista americana. O número 37 da revista foi publicada pela Panini com um novo nome Wizmania (embora tenham cogitado até o nome Wizzing Comics).
Em Dezembro de 2006, a Panini publicou o livro "Aprendendo a desenhar com os maiores mestres internacionais", embora a edição brasileira não faça menção à revista Wizard, o livro é uma publicação da Wizard Entertainment Group. O livro traz lições de vários desenhistas de quadrinhos uma introdução do também desenhista e editor da Marvel Comics, Joe Quesada.
Na Panini, a revista foi editada inicialmente por Sidney Gusman e depois por Levi Trindade. Sob o título de Wizmania foram lançadas em 2008 pela Panini dois spin-offs, Wizmania Preview e Wizmania Especial, ambas tiveram apenas uma edição. Em Março 2009, a revista foi cancelada.

Capa da revista Neo Tokyo.
Revista Neo Tokyo
A Revista Neo Tokyo é uma revista informativa mensal, dedicada a anime, mangá e cultura pop japonesa, produzida pelo estúdio Criativo Mercado Editorial e publicada pela Editora Escala.
A revista é produzida pelo estúdio Criativo Mercado Editorial, a publicação é um spin-off de outras publicações do gênero publicadas pela editora, sendo a mais antiga delas a Anime>Do, a diferenças entre as duas é que enquanto que a Anime>Do era publicada em formatinho (13,5 x 20,5cm) e possuía 48 páginas, a Neo Tokyo é publicada em formato maior (20,5 x 27,5cm) e contém 84. Junior Fonseca fora redator e posteriormente editor da Anime>Do e lançaria outras revistas pela editora, além de possuir o site informativo Anime Pró (nome que também chegou a ser usado em uma revista).
Em 2007, criaria a NewPOP Editora, ainda assim o Anime Pró continuou a produzir tanto a Neo Tokyo, quanto a Anime>Do.
A revista teve entre seus colabores, o quadrinista Minami Keizi (um dos precursores do estilo mangá no país, morto em 2009) que assinava a coluna "Cultura Nippon", sobre curiosidades do Japão, Arthur Garcia (que ensinava técnicas de desenho no estilo mangá), Alexandre Lancaster, que em 2011, lançaria pela própria editora, a Lancaster Editorial cujo primeiro lançamento foi a revista Almanaque Ação Magazine, uma tentativa de se criar uma antologia de mangá brasileira nos moldes de revistas japonesas como a Shonen Jump e o Studio Seasons que publicou no formato tiras as séries "Ronins", "Zucker" e "Mitsar". em 2010, a NewPOP publicou uma edição encadernada de Zucker. Em Agosto de 2014, a revista chegou a 100 edições e atualmente é editada por Lilly Carrol.
Em Fevereiro de 2015, a Anime>Do foi cancelada na edição 130, com isso, a Neo Tokyo ficou sendo a única revista sobre anime e mangá nas bancas.

Capa da revista Ultra Joven.
Revista Ultra Jovem
A revista Ultra Jovem é voltada para o público infantil e têm sido publicada desde 2004 pela Editora Escala, suas publicações são voltadas principalmente para animes.
As matérias não aprofundavam tanto em determinados assuntos, tratava-se mais de resumo de episódios, lançamentos de mangás, dicas, truques para desenhar entre outros requisitos dos animes em questão.
A revista já esteve no topo, era como a Neo Tokyo hoje, pois sempre trazia ao seu público promoções, concursos e muitas informações. Foi com certeza uma revista que marcou uma época.
Houve diversas outras revistas no mercado nacional. Porem, nao haveria espaço suficiente para falar sobre todas elas, por isso selecionamos essas para representar todas as revistas e editoras que muito nós ajudaram no passado e nos dias atuais.
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TTio Lon – Desenterrando pilhas e pilhas até encontrar as revistas Nerds que mais venderam no mercado nacional.Verdadeiras relíquias do passado.